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Um grupo que, segundo a Polícia Civil, não tem ligação com movimentos sociais do campo, incendiou seis veículos de uma empresa terceirizada da Veracel Celulose e deixou três funcionários feridos após os atacarem com foices e facões, nesta terça-feira (2), na zona rural de Belmonte, extremo sul da Bahia.

Os seguranças da empresa GPS, diz a polícia, foram atacados na fazenda Sítio Esperança e Mutum, da Veracel, e reintegrada no dia 27 de junho. Um dos funcionários sofreu um corte na cabeça que precisou de pontos.

A ação criminosa foi filmada pelos seguranças, que não reagiram ao ataque. O vídeo mostra um ato de selvageria, com os integrantes do grupo quebrando os vidros dos veículos com foices, ateando fogo e xingando os seguranças, dando ainda ordens para que eles saíssem do local. Os seguranças acabaram fugindo para não correr risco de haver algo mais grave.

Sediada em Eunápolis, a Veracel Celulose é um projeto agroindustrial que pertence à brasileira Fibria e a suecofinlandesa Stora Enso (cada uma tem 50% de participação). A empresa planta eucaliptos no extremo sul da Bahia há mais de 20 anos e atingiu em 2018 o maior nível de produção, com 1.148.760 toneladas de celulose.

O ataque está sendo investigado pelo delegado Moisés Damasceno, coordenador da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis). Ele disse que o grupo que atacou os seguranças é formado por quatro famílias que não aceitaram acordo feito ano passado pela empresa com outras 260 famílias de quatro grupos diferentes.

No acordo, diz o delegado, a empresa negociou com as famílias a venda de 2.099 hectares para ser pago em 20 anos, em parcelas baixas, com carência (início do pagamento da primeira parcela) de três anos. Os valores negociados e a quantidade de lotes para cada família não foram informados.

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